21.7.14

soneto

Ouço cada palavra que proclamas, deste soneto que outrora já foi nosso. Sinto-as como se fossem minhas ou, tolice minha, como se pudessem voltar a ser um pouco dos dois. Ouço cada verso deste laço que criámos - ia jurar que era mesmo um laço daqueles bem apertados - mas que tão depressa se desfez. Resta-me esta saudade fria, que me acolhe nos dias cinzentos. Adormeço sobre sonhos utópicos e só desejo não voltar a acordar. Agora, tenho a certeza que há amores que nunca se esquecem. Há motivos para te continuar a escrever, sobre amor que já não o é. Oh, ainda te ouço, meu amor.