3.6.14

that's it

Eu não aprendo. Vou ser sempre assim, esta miúda insegura em que o passado se reflete em tudo o que é o seu presente. Vou ser sempre assim, esta alma ingénua que acredita que as flores até podem florir no inverno. Só queria não acreditar. Deixar de sonhar. Deixar de ir à lua, enquanto toda a vida é na terra. Vivo de ilusões, de suaves transformações, onde agarro cada palavra como se fosse todo o meu universo. Mas não é. E, no fim, o tempo vai passando e eu dou por mim já sem tempo. Vou ser sempre assim, onde tudo se perde, porque nada se chega a transformar. Porque tudo começa. Tudo acaba. E nada continua.