25.4.14

por não ser capaz de deixar ir

O tempo passa. E passa rápido. Aquilo que somos hoje já é de ontem e cada vez mais perto de sermos amanhã. E eu perco-me na minha alma ferida, em que tudo o que sei é que continuo a querer que o tempo passe. Que passe sem deixar rasto de que já passou. Escondo-me por detrás de uma máscara que me livra das perguntas, que me esconde este meu rosto cansado e esquecido. Continuo a detestar a dor de perder pessoas, porque não sou capaz de as trazer de volta. Perco um pedaço de mim, ganho mais um vazio. E este vazio afoga-me, tira-me todo o ar que respiro. Não sei dar-me por vencida. Eu vivo com o desejo de lutar, porque pior que perder a guerra é ter que baixar as armas. Mas, acreditem, o amor é mesmo um jogo perdido.