31.1.14

come home

Lembro-me da primeira carta que te escrevi. Quase que a descobrias antes de ser a hora certa de a veres. Sei que cada palavra que te dava era do mais sincero que possas imaginar. Foste o primeiro a quem escrevi algo do género. Eu já não a tenho, mas continuo na esperança que tu ainda a tenhas no lugar mais carinhoso do teu coração e que, um dia, a possamos voltar a ler, juntos. Não sei como fizeste o enterro de todo o nosso amor. Mas, eu fi-lo da melhor forma. Guardei todas as trocas de amor que fizemos, das mais sinceras às mais aldrabadas, sem qualquer tipo de rancores. Escrevo-te como se ainda estivesses na minha vida ou como se fosses ler alguma das minhas palavras. É tão irónico. Ainda assim, continuarei a entregar-te o meu coração, tão congelado, implorando para que me voltes a aquecer com o calor do teu corpo.